FMEA: o que é e como fazer
Atualizado: 2 de out. de 2020
Você sabe o que é o FMEA?
Em suma: FMEA (Failure Mode and Effect Analysis) conhecido também por Análise de Modo e Efeito de Falha é uma técnica usada para identificar riscos, possíveis falhas e, assim, determinar modos de eliminar os mesmos. Esse método é muito visto como uma análise causa-consequência.
Hoje em dia, esse sistema é utilizado em diversas áreas.
Quais? Por exemplo:
Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos;
Circuitos elétricos;
Desenvolvimento de reatores termonucleares;
Indústrias siderúrgicas;
Indústrias automotivas.
A origem do FMEA:
Na verdade, não se sabe ao certo sua data de origem... Existem muitos trabalhos, mas esses não deixam claro se de fato está sendo tratado sobre o FMEA.
De qualquer forma, acredita-se que a origem dessa técnica seja datada em 1949 nos EUA, servindo de padrão para operações militares (Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analysis - Military Procedure MIL-P-1629).
Desde então, não demorou muito para o processo ser aprimorado e conquistar espaço no mercado. Logo após a sua criação, a NASA já havia implementado essa metodologia. Posteriormente, foi a vez do mercado automobilístico e nos anos 70, já havia dominado praticamento todo o setor.
O principal objetivo do FMEA:
O objetivo desse sistema é bem simples: encontrar possíveis pontos de falha, como os detectar e como os combater.
Você deve estar se perguntando: "Como identificar essas falhas? "Como é estruturado e aplicado esse tal FMEA?"
Para identificar!!
Primeiramente, verifica-se todas os possíveis pontos de falha através de uma análise. Em seguida, imagina-se todos os efeitos que se teria, caso acontecesse o inoportuno. Por último, leva-se em conta como e onde esse erro poderia ser detectado.
Baseando nessa análise, é realizado o cálculo do RPN.
Cálculo do RPN:
O RPN (Risk Priority Number), ou também chamado de NPR (Número de prioridade de risco), é o índice numérico que se usa para calcular a gravidade que o erro apresenta para o processo. Portanto, estima-se uma pontuação base de acordo com a severidade e probabilidade da falha acontecer.
Calcula-se da seguinte maneira:
Para cada falha é mensurado,
Ocorrência: probabilidade de ocorrer (1- 10, sendo 1 zero e 10 sempre);
Gravidade: probabilidade de causar danos (1-10, sendo 1 zero e 10 sempre);
Detecção: probabilidade do erro ser detectado (1-10, sendo 1 sempre e 10 nunca).
Após a definição de cada pontuação dos itens acima a respeito de uma falha, deve-se multiplicar cada pontuação entre si para chegarmos ao NPR da mesma.
VALE A ATENÇÃO:
A escala de detecção é diferente das duas anteriores. Verifica-se que quanto mais difícil for de captar, maior a pontuação!!
Como fazer um FMEA:
Aconselha-se separar sua criação em etapas para o desenvolvimento de um bom FMEA, sendo elas:
Definir um processo para ser analisado;
Definir uma equipe para analisar o processo;
Identificar pontos de falha;
Identifique causas secundárias para cada ponto de falha;
Defina as consequências para cada falha;
Verifique quais as chances de detecção de cada falha;
Defina o NPR de cada potencial falha;
Priorize a resolução de cada uma de acordo com o valor do NPR (quanto maior o número, maior a prioridade);
Organize equipes para a resolução dos problemas.
Segue um exemplo de carta FMEA:
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Autor: Kim Sangawa Peçanha de Paula.
Esse artigo teve como referência: As técnicas de Análise dos Modos de Falhas e seus Efeitos e Análise da Árvore de Falhas no desenvolvimento e na avaliação de produtos .
(Sakurada, Eduardo Yuji).
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